segunda-feira, outubro 22, 2007
quinta-feira, outubro 04, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 59
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No cavalo de pau com Sancho Pança - 58
domingo, setembro 30, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 57
quarta-feira, setembro 19, 2007
Aquilino
Mais diremos quando possível mas, hoje, apenas fica esta palavra. E a não-surpresa por não ter ouvido uma vez - não ouvi tudo... - citada a versão do D. Quixote e o "nosso" No cavalo de pau com Sancho Pança
quinta-feira, setembro 13, 2007
GMR e SdaT no Jornal de Letras (Listopad)
quinta-feira, setembro 06, 2007
Informação/convite
a
vai promover, num torreão dos Castelos de Ourém
(disponibilizado pela Câmara Municipal),
um debate-apresentação de:
(uma maneira original, fundamentada numa longa investigação,
de levantar uma questão que atravessa a nossa História)
com o autor,
Gonçalo Morais Ribeiro
onde vai estar no dia 16?
segunda-feira, setembro 03, 2007
Onde estava Vossa Mercê nos painéis?
No termo e nos termos deste seu labor, usando e abusando das disjuntivas, vem o editor e actor de outros estatutos, deixar duas palavras (que sempre mais que duas são…) em honra e louvor de quem congeminou e foi autor desta obra.
Totus in illis, Gonçalo Morais Ribeiro, que parece ter querido fugir a deixar a sua identificação para além de três iniciais arrevesadamente responsabilizadoras, fez das “tábuas” jangada sua, e por elas e nelas viajou, descobrindo caminhos novos, julgando outros ter descoberto, alguns inventando com imaginação e mão fina e afinada.
A outréns, doutores e professores, caberá, ou melhor: caberia, avaliar o mérito (e talvez o atrevimento) desta viagem em que G.M.R. se investiu e revestiu de por vezes curiosas roupagens, e por via da qual se entranhou adentro estranhas gentes, cousas e feitos.
A nós, das edições e de outras (boas) acções e (malas) artes, coube transformar o metódico e caótico (sim, as duas coisas!) original neste volume.
Em nome de
No cavalo de pau com Sancho Pança - 56
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domingo, setembro 02, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 55
quinta-feira, agosto 30, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 54
quarta-feira, agosto 29, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 53
domingo, agosto 19, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 52
Ah, Aquilino, Aquilino... nem te comento.
No cavalo de pau com Sancho Pança - 51
Interessante. A fazer pensar. Embora com alguma pressa de dar já já o passo seguinte. Que vai, decerto, ajudar à reflexão.
sábado, agosto 18, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 50
segunda-feira, agosto 13, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 49
(…) As alusões à Inquisição, no D. Quixote, nas comédias e entremezes, são bastante frequentes e traduzem esta naturalidade, estado de interpenetração que seria inexplicável doutro modo. Não há facécia, nem desprimor, nem insinuação por parte de Cervantes quando se refere a ela. É o tu cá, tu lá das velhas intimidades. Chama-se tratar um negócio em mangas de camisa.
quinta-feira, agosto 09, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 48
terça-feira, agosto 07, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 47
... que las hay las hay...
Quando a Som da Tinta estava a preparar o lançamento de uma sua edição sobre os “painéis de S. Vicente”, com uma visita ao Museu Nacional de Arte Antiga, e já havia contactos – do autor e da editora – com a directora do museu, esta, de repentemente, não é reconduzida, ou, de forma mais chã, esta é retirada de funções.
Depois, não digam que não há bruxas…
domingo, agosto 05, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 46
sábado, agosto 04, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 45
sexta-feira, julho 27, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 44
segunda-feira, julho 23, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 43
Para Alonso Quixano, admitindo que o homem, segundo a lição do Resgate, tivesse recuperado o gozo do livre arbítrio, desligado por conseguinte da condenação primeira, certas pessoas eram mais responsáveis do que nunca pelo mal que continuava a lavrar à superfície da terra. Sobretudo os poderosos, os fortes, esses que faziam a lei e articulavam a justiça, e os seus executores, que de coração venal ou leviano cometiam os maiores atropelos contra a humanidade.
Por isso mesmo Alonso Quixano, o Bom, se sentia impelido para a missão augusta que os livros de Cavalaria inculcavam.
sábado, julho 21, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 42
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Cervantes, de resto, nem sempre esconde o juízo reservado que lhe merecem as mulheres. Deliberadamente é raro que o pronuncie, a não ser a meia voz: E como a mulher tem engenho pronto para tanto amassar ouro como rosalgar... Quando Leandra se deixa raptar pelo aventureiro, que a despoja de quanto leva sobre o corpo e vem dizer: enganou-me; era um ladrão refinado; mas não quis nada com a minha honra - não lhe importa muito que acreditem nela, protótipo como é destas criaturas que se deixam guiar mais pelo instinto de que pelo código moral ou religioso, naturezas portanto com a queda própria da vida que reclama franca alforria. E são elucidativas as seguintes palavras: ...pero los que conocían su discrécion y mucho entendimiento no atribuyeron a ignorancia su pecado, sino a su desenvoltura y a la natural inclinación de las mujeres, que por la mayor parte suele ser desatinada y mal compuesta. E nisto está a sua justificação. As leis da natureza não falseiam elas.
Maritornes é liberal do corpo com toda a gente e esta liberalidade tem o seu quê de cristão e caritativo que nos leva - e antes de mais ninguém o Criador - a perdoar-lhe o que tem de boçal e repulsivo. É estarola, mas boa. Não matou a sede a Sancho, melhor que a Samaritana, pois lhe deu vinho? O que apetece é homem. Nasceu um pouco para isso. A filha do estalajadeiro vai por igual vereda.
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E - repito-me - por ai fora... Mas há que parar, para todos descansarmos um pouco e isto não ser uma cópia mas uma escolha. Mesmo assim, quase ao fim da página 194 cheguei.
No cavalo de pau com Sancho Pança - 41
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É um tipo curioso, se bem que bastante unilateral, este da mulher cervantesca. Todas primam por bonitas, melindrosas, extremas no sentir, menos felinas que frágeis, brandas no malefício e melodramáticas na constância. Em geral, oscilam ao vento e voltam ao seu aprumo como as corutas e últimas andadas de ramos de araucárias. É, mercê desta fraqueza inata, que Cervantes lhes atribui dons particulares de duplicidade, como um meio de defesa, condão natural, semelhante ao veneno na glande secretória da cobra.
(...) Pois a mulher interessada, mais particularmente a mulher espanhola, ou, como D. Quixote, visto na simbiose com Sancho, pressente graças porventura a uma clarividente subconsciência psíquica ou esperta intuição, a mesma Espanha, absoluta nos rasgos, oscilando entre todos os contrastes, bizarra e mesquinha, heróica e futre, original como não há segunda no mundo, mas perigosa, tão perigosa que são para pôr de quarentena tanto os seus afagos como as negaças.
As mulheres de Cervantes são pois cortadas segundo certo molde, sem que ele pretenda com isso dignificá-las ou diminuí-las. O retrato não deixa de ter os seus encantos, mas nunca fiar; quando menos se espera, vem a pincelada forte à Velásquez. Aquela Doroteia, sorte de Briseida, subitamente resvala na chochice. Torna-se mexriqueira, senhora comadre e bas-bleu. Mas, repetimos, psicologicamente a figura está tão certa em seus justos valores como qualquer das infantas no quadro das Meninas.
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E por aí fora. E tanto mais que toda a página se foi (apesar de um pequeno mas difícil salto de meia dúzia de linha), e já tanto está a espreitar na página seguinte que não resisto a por ela entrar... mas em outro "post".
No cavalo de pau com Sancho Pança - 40
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Assim Pança, com o burro e a marranica atávica de escravo, o seu misto de astúcia e de simplicidade, e todas as taras e méritos do homem natural. Posto seja de barro hispânico por índole, é tão cósmico como o amo. Não mais que a truculência com que se move a sua animalidade, segundo por ordem de relevo no teatro cervantesco, revela o poder de vida que lhe foi insuflado. Chama-se a isso conhecimento do homem e imaginação. Quem diz imaginação diz originalidade. Dela se prevalece Cervantes com legítima arrogância... ...soy el primero que he novelado en lengua castellana; que las muchas novelas, que en ella andan impresas, todas son traducidas de lenguas estranjeras; y éstas son mías proprias, no imitadas, ni hurtadas. Mi ingenio las engendró y las parió mi pluma...
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Em meia dúzia de linhas, tantos exactos perfis! De Pança, de seu amo, de Cervantes. De Espanha! Abençoado parto... E também o de Mestre Aquilino, parteiro e parturiente.
No cavalo de pau com Sancho Pança - 39
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D. Quixote, não obstante as jaças de que está mareado, jaças observáveis num belo mármore se o examinarmos à lupa, é um livro eterno. Eterno como o herói, embora forjado com metal único, metal que só se encontra no subsolo psíquico de Espanha. E, por muito que o submetamos à pedra de toque gramatical, léxica, literária, fica pairando imune à análise mais severa e meticulosa. É que cavaleiro, não obstante os vínculos locais, está completo dentro de qualquer homem. Bastas vezes, sopitado como Durandarte sob os filtros de Merlim. Não raro, imóvel no fundo da jaula convencional, contemptor das leis morais e cívicas, e inveterado endireita do mundo torto.
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Por aqui paro. Não por longo ter sido o percurso, mas porque a frase "inveterado endireita do mundo" me obriga a parar. E a apear e a ficar uns momentos a reflectir sobre o mundo torto e a vontade (inveterada) de o endireitar.
sexta-feira, julho 20, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 38
segunda-feira, julho 09, 2007
Boas leituras!...
Sentiu que agir era preciso. E veio logo a pergunta como agir?
A acção é a primeira regra. Depois, há a do tempo e a do modo, e surge logo a regra do perigo. Entretanto, insinuou-se a regra do dolo formando as cinco regras. Mas foi-se impondo uma última regra, que “eles” queriam definitiva, a regra do silêncio. Da sombra. Por isso, combateremos a sombra.
No entanto, o leitor lembra que há mais regras. Porque é preciso ir mais fundo na acção para que, no tempo e no modo, se vença o dolo quando se afronta o perigo para se quebrar(em) o(s) silêncio(s).
Duas outras regras são indispensáveis: a histórica, isto é, a da luta de classes (desde que e enquanto); e a colectiva, a de tomar partido, a que Maria London grita para fazer coro com os passos batendo no chão do cemitério: “Deixem-me abraçá-los, milhões!”.
Assim é preciso. Para que não fique tudo como o agir “duma bondade defeituosa, uma bondade de parvo, uma justiça de doido”. De um homem só, psicanalista, professor. Só. Apenas com a companhia da ficção literária combatendo a sombra.
Quanto pesa uma alma?
Procurando outras perguntas, Combateremos a Sombra.
S.R.
domingo, junho 24, 2007
Artesanato, poemas de Joaquim Castilho, no dia 30
no dia 30 de Junho,
pelas 16 horas
Joaquim Castilho
vai apresentar
o seu livro
no espaço
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haverá, em seguida,
uma pequena feira de livros, com grandes descontos
quarta-feira, junho 20, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 37
domingo, junho 10, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 36
No cavalo de pau com Sancho Pança - 35
quinta-feira, junho 07, 2007
Rubem Fonseca!
"'Você escreve os seus livros para um leitor imaginário?'
'Entre os meus leitores existem também os que são tão idiotas quanto os legumes humanos que passam todas as horas de lazer olhando televisão. Eu gostaria de poder dizer que a literatura é inútil, mas não é, num mundo em que pululam cada vez mais técnicos. Para cada Central Nuclear é preciso uma porção de poetas e artistas, do contrário estamos fodidos antes mesmo da bomba explodir.'"
"'Última pergunta: você gosta de escrever?'
domingo, junho 03, 2007
Na Serra de Aire não há, por enquanto, giestas...
e diz, também, que não tendo sido a "enchente" que justificavam o autor (e o livro) e o apresentador (ver blog Vale a pena lutar - combate.blogspot.com), houve uma conversa animada entre estes três e outras e outros que por alí deram por bem ocupada a tarde de sábado.
Depois, ainda houve uma assembleia geral extraordinária que tomou algmas decisões importantes para a Som da Tinta (livraria) de que breve se dará conta.
sábado, junho 02, 2007
sexta-feira, maio 25, 2007
O Tempo das giestas", no dia 2 de Junho, no espaço Som da Tinta
(*) - do autor
quarta-feira, maio 23, 2007
Reverte - O escritor, o pintor, o fotógrafo, o repórter de batalhas (por esta ordem... misturando tudo)
O escritor (que foi repórter) releu as últimas linhas do livro e de novo se interrogou sobre o que encontraria o pintor no final das cento e cinquenta braçadas de ida e mais as cento e cinquenta braçadas que de volta não seriam. Carregou nas teclas ctrl + alt + delete como se fizesse detonar uma mina que lhe destruisse a vida. Aquela vida que vivera, vivendo batalhas. E soube, o escritor, que se vivo queria continuar teria de começar tudo de novo. Deixando o pintor entregue ao destino onde o levassem as trezentas ou mais braçadas mar adentro.
Um livro pare, leia, pense, questione(-se) e ao escritor (e ao pintor, e ao fotógrafo que o pintor foi por jornalista de batalhas ter sido o escritor)
S.R.
domingo, maio 13, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 34
quinta-feira, maio 10, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 33
domingo, maio 06, 2007
No cavalo de pau com Sancho Pança - 32
No cavalo de pau com Sancho Pança - 31
segunda-feira, abril 23, 2007
Dia do Livro
"Se o mundo do trabalho é o mais vezes evocado por aqueles que não o frequentam a não ser de muito longe, a leitura usufrui de um privilégio contrário. Os que mais escrevem ou comentam a crise da leitura são naturalmente aqueles que mais escrevem e lêem."