domingo, março 21, 2010

Estado de guerra

Estado de guerra

  • o sem sentido do estado de guerra em que estamos vivendo, filmado (bem) do lado dos Estados Unidos da América (mas haverá outro lado, perguntar-se-á...)

Enquanto (vi)via, lembrei-me bastas vezes de Apocalipse Now

  • a/uma tomada de consciência (do lado dos EUA... mas haverá outro?) do sem sentido do sem sentido do estado de guerra em que estamos vivendo.

quarta-feira, março 17, 2010

À conversa com... Woody Allen

‘Tás porreiro, pá?[1]
‘Tás velhote… mas não és o único, aliás somos do mesmo "ano das sortes” (1935)! Deixa lá. Não há-de ser nada...
.
Há que tempos que não te via. Até porque há muitos meses não íamos (ela e eu) ao cinema. Temos visto filmes, mas “ir ao cinema” é outra coisa.
Gostei de estar contigo. Estás cada vez mais na mesma. E ainda bem.
Como sabes (não sabes, mas é como se soubesses), sempre apreciei muito esse teu lado bretchtiano levado para o cinema. A tua maneira de contar, como te esforças para que não haja paredes entre nós, nem de vidro no teatro, nem de tela no cinema, esta maneira de estarmos à conversa.
Desta vez, neste teu filme, várias vezes nos interpelaste enquanto contavas coisas cá da gente, melhor, cá das gentes que somos, e pelos caminhos por que andamos.

Gentes comuns, como dizia o outro? Mas quem é que não é gente comum, quem não nasce do acaso de um espermatezóide que encontrou o caminho e sofre a angústia de ir deixar de ser… talvez hoje porque não foi ontem? Quem?! O frustrado genial Prémio Nobel da química quântica?, o genial contador de vida (e de Nova Iorque em cinema) com um nome estranho e judeu e conhecido por Woody Allen?
Pois... Chamaste-nos de lado, aos que perceberam e quiseram acorrer à tua interpelação, para umas pequenas conversinhas de “ao pé da orelha”, que se calhar passaram desapercebidas a muitos de nós, mas que só eram – acho eu… – a forma (o truque?) de nos dizeres, a todos, que era assim que estavas a contar a estória. Sem nada entre nós. Nem “na manga"!...
Muito das nossas vidas sobre que conversavas connosco até pareciam nem serem nossas, naturais, do dia-a-dia, dado o traço grosso, finíssimo!, caricaturado, com que fazias os desenhos, mas tudo era a nossa vida, bem cá de dentro de cada um. E tu sabias. E por isso nos interpelavas.
Anda é tudo distraído. Aliás, é o estado normal. Em que nos querem congelar.
Como tu chamavas a atenção, nem os que te acompanhavam no contar da estória nos viam, ou “se viam” (a si), quando tu nos vias e connosco falavas directamente, como os “do lado de cá”. Talvez com a excepção da miúda loura, e cretina, e estúpida, que não era nem estúpida, nem cretina mas que era loura e tinha uns olhos lindos e um corpinho para começar a valer uns 5 e ficar nos 8 (e sem favor!).
Olha… gostei de conversar contigo. Saudações à companheira que te tenha calhado em destino para este momento, ou que se te tenha destinado por ser médium… Boa sorte!


Aparece no Zambujal!
Era giro...

PS: Só uma espécie (só uma espécie…) de conselho: devias ler um autor que referes, um tal de Karl Marx. Fazia-te/nos bem.
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(1) - Poupo-te às explicações de como esta amigável elocução foi conspurcada. Coisas lusas...