domingo, dezembro 24, 2006

Vozes inquietas sobre os "anos inquietos"

A sessão no espaço Som da Tinta sobre o livro Os Anos Inquietos trouxe até Ourém três das vozes que se fazem ouvir, ou ler, nesse livro, e alguns amigos que tiveram uma tarde de rico convívio e amena cavaqueira. Manuela Cruzeiro, responsável pelo Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra, e que, de certo modo, moderou o animado debate, Carlos Baptista e Fernando Martinho, falaram da História que por eles foi feita, sem se darem ares de heróis, ou sequer de protagonistas, e a conversa foi muito útil para o objectivo de combater a desmemória.


parte da assistência
Foi mais uma sessão Som da Tinta. Em Ourém. E se não teve, de Ourém, a presença que se desejava, ela foi bem maior e mais participativa que em outras iniciativas que, para esse dia, estavam marcadas para Ourém, com programa ambicioso, "nomes sonantes" e "temas grandiloquentes", além da responsabilidade da autarquia na iniciativa, e que teve de ser cancelada, pois na véspera tinham estado presentes 5 pessoas, além dos oradores...
Em Ourém estamos. Em Ourém queremos estar. E em Ourém queremos lutar por aquilo em que acreditamos. Sempre inquietos...
Obrigado do Som da Tinta a quem nos dá razão e força para continuar.
Boas Festas!

sábado, dezembro 09, 2006

Contra a desmemória

"1. Pode separar-se esquecimento e desmemória. Se o primeiro sugere descuido, acidente, o obscurecer casual da reminiscência do passado, a segunda implica um apagamento voluntário da lembrança, um desconhecimento, ou mesmo um desinteresse por áreas do vivido, consideradas irrelevantes e não-instrumentais. (...)"
(início do prefácio de Rui Bebiano, Da desmemória e do seu antídoto).

No dia 16, sábado, no espaço Som da Tinta, a partir das 17 horas.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Anos inquietos

Nenhuma luta começa no tempo e no lugar em que nós, cada um de nós, começamos a lutar.
Nos anos 60, a luta académica foi muito importante para a denúncia e o desmascaramento do regime, que ainda há quem se recuse a chamar-lhe fascista, por ignorância ou por simpatia – confessada ou inconfessada – pelo fascismo.
Anos inquietos – vozes do movimento estudantil em Coimbra (1961-1974) é um livro de testemunhos da luta na Universidade de Coimbra.E é muito interessante, e pedagógico…, ler e interpretar esses testemunhos. Por quem por outros tempos, que atravessaram esses, começou a luta, por quem fez essa mesma luta de maneiras muito diferentes noutros lugares, por quem não viveu esses tempos e nesses lugares e sente necessidade de conhecer como foram vividos. Os tempos e os lugares,
É mais um contributo de Manuela Cruzeiro (Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra), com Rui Bebiano, que ouviram e fixaram as “vozes” de Eliana Gersão, Fernando Martinho, Carlos Baptista, Pio de Abreu, Fátima Saraiva, José Cavalheiro, Luís Januário.
Alguns deles (certos estão, Manuela Cruzeiro, Fernando Martinho, Carlos Baptista) vão estar connosco no espaço Som da Tinta, no dia 16, a partir das 17 horas, para conversarem e connosco conviverem.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

De Rios Velhos e Guerrilheiros - O Livro dos Rios

O novo livro de José Luandino Vieira, o 1º de uma trilogia.

"(...) Acontece, porém, que a escrita de Luandino é de uma inclemência que fere o leitor. (...)" (Dóris Graça Dias)

Digo mais: também eu, sou um rio. (pág. 21)

terça-feira, dezembro 05, 2006

Fica para o ano... e em grande!

Na sua reunião de ontem, a gerência da Som da Tinta resolveu fazer o lançamento, ou a apresentação, de Foto&Legenda em Janeiro, para qua haja uma preparação à altura do evento e para não colidir com a vinda do Benfica jogar com o Juventude Ouriense...
De qualquer modo, o livro será distribuido pelos patrocinadores e colocado à venda durante a próxima semana.
No dia 16 de Dezembro, haverá, no nosso espaço, uma iniciativa de que se dará notícia brevemente.

quinta-feira, novembro 30, 2006

FOTO&LEGENDA em livro

Do "blog" FOTO&LEGENDA, que já tem perto de 300 "posts", retiraram-se sete dezenas com tópicos (nas fotos e/ou nas legendas) que dizem respeito a Ourém e a oureenses.
Formam um livro que a Som da Tinta editou com o entusiasmo de estar a dar mais um contributo (bom ou mau, serão outros a julgar...) para animar e "mostrar" a terra (de) que somos.
Será lançado no fim de semana de 8 a 10 de Dezembro. A data e hora definitiva será anunciada em próximo post.

A capa, de que se reproduz a maquete, é do Filipe Saraiva e os autores/responsáveis (das fotos & das legendas e das legendas & das fotos) são o Nuno Abreu, o Sérgio Faria, o Pedro Gonçalves e o Sérgio Ribeiro (aqui por ordem alfabética de apelidos, embora na capa e no livro seja a dos nomes, assim se satisfazendo dois critérios...), com algumas preciosas ajudas.

quarta-feira, novembro 29, 2006

Salpicos de uma leitura saboreada - 2

"Não sei como o perceberão as crianças de agora, mas, naquelas épocas remotas, para as infâncias que fomos, o tempo aparecia-nos como feito de uma espécie particular de horas, todas lentas, arrastadas, intermináveis. Tiveram de passar alguns anos para que começássemos a compreender, já sem remédio, que cada uma tinha apenas sessenta minutos, e, mais tarde ainda, teríamos a certeza de que todos estes, sem excepção, acabavam ao fim de sessenta segundos..."

(página 65)

Salpicos de uma leitura saboreada - 1



"... Terá sido então por essa razão que este livro mudou de nome e passou a chamar-se As pequenas memórias. Sim, as memórias pequenas de quando fui pequeno, simplesmente."

(página 38)

domingo, novembro 26, 2006

No centenário de Fernando Lopes Graça na Som da Tinta


Por fim, o Chorus Auris ofereceu a todos os presentes (de todas as idades!) um belo concerto com obras de Fernando Lopes Graça (tradicionais e "heroicas").

Foi uma grande tarde Som da Tinta. Obrigado a todos!

No centenário de Fernando Lopes Graça na Som da Tinta


depois, António Sousa brindou os muitos presentes com uma verdadeira lição sobre Lopes Graça e Tomar, e também de comunicação.

No centenário de Fernando Lopes Graça na Som da Tinta

primeiro... conversou-se!

quinta-feira, novembro 23, 2006

O Graça (como o carteiro...) toca sempre duas vezes!

No dia 25, no espaço






às 17 horas
António Sousa
e Chorus Auris

No dia 26, no

Um(a) Graça nunca vem só!

E ainda bem!... acompanhado.

segunda-feira, novembro 20, 2006

"Um homem para um século"

O Teatro D. Maria II editou um jornal dedicado à peça que estreou no dia 16, A Casa da Lenha, dedicada a Fernando Lopes Graça, e um texto de Baptista Bastos tem o título Um homem para um século, com um destacável: "Foi preso, perseguido e humilhado. Não abjurou, não traíu, não capitulou."

Quem é António Sousa

A última edição do jornal O Templário dedica duas páginas a Fernando Lopes Graça, não só pela passagem do seu centenário como pela estreia, a 16 de Novembro, da peça A Casa da Lenha, no Teatro Nacional D. Maria II, sobre a vida e a obra do compositor. O texto é de António Torrado, a encenação de João Mota e a direcção musical do maestro Antõnio Sousa.
Como António Sousa é quem vem, a Ourém, à Som da Tinta, falar sobre Fernando Lopes Graça, no próximo dia 25, às 17 horas, pareceu oportuno lembrar quem é António Sousa. O que, para muitos oureenses, é mais que dispensável pois bem o conhecem do Chorus Auris, de que foi maestro muitos anos. Aliás, a iniciativa da Som da Tinta será também um reencontro pois o Chorus Auris dará um concerto com obras de Lopes Graça, como já se anunciou.
António Sousa, que defendeu a semana passada uma (segunda) tese de mestrado, na Universidade Nova de Lisboa, sobre Feranado Lopes Graça tendo obtido um "bom" por unanimidade, é maestro e director artístico da Associação Canto Firme; tem 55 anos, é diplomado em piano e composição, licenciado em ciências musicais, mestre em musicologia histórica, sempre pela Universidade Nova; foi professor de educação musical e orientador para a profissionalização em exercício de professores de educação musical; tem vários discos editados desde 1970; foi elemento da Filarmónica Fraude; é autor de várias publicações sobre a obra de Fernando Lopes Graça, a música contemporânea e a música na Ordem de Cristo.; é membro da comissão coordenadora da secretaria de estado da cultura para o centenário do compositor Fernando Lopes Graça.

Deixa-te levar pela criança que foste - de O Livro dos Conselhos

Mais um livro do português Prémio Nobel da Literatura. Um livro de José Saramago. As (suas) Pequenas Memórias.
Nas páginas já lidas, o estímulo a cada um se deixar levar pela criança que foi, como aconselha "O livro dos Conselhos".
Ou pela criança que, hoje, cada um queria ter sido e que, hoje, a si se conta como se assim tivesse sido.
Eu queria ter nascido nesta casa. Naquele quarto onde meu pai nasceu, e por onde começo as "visitas guiadas" para os que são "primeiras visitas" dizendo "neste quarto, nasceu o meu pai em 21 de Janeiro de 1898".
Aqui, onde estão as raizes que fiz minhas mas onde não nasci, gostaria de ter "andado à escola", ido aos pássaros, descoberto os "seios crescendo debaixo da blusas", sacholado umas leiras, pontapeado bolas de trapo ou bexigas de porco. De ter vivido o tempo todo o que só vivia nas fugidias férias de "menino da cidade" que lá nascera e por lá vivia.
E tenho as memórias do que fui contrastadas com as memórias do que queria ter sido. O romance que escreveria com elas! Para o único leitor que eu seria.
E por aqui me fico... nesta insónia ditada pela leitura de Saramago.
Sérgio Ribeiro

sábado, novembro 18, 2006

Nos 100 anos de Fernando Lopes Graça

No dia 25 de Novembro,
às 17 horas
no nosso espaço
vai assinalar-se
o centenário de
Fernando Lopes Graça
nosso vizinho e amigo,

notável compositor português,
uma figura maior da cultura portuguesa
António Sousa
(do Canto Firme e ex-regente do Chorus Auris,
também nosso vizinho e amigo)
falará de Lopes Graça
e o “nosso”
Chorus Auris
dará um concerto:
Programa
A Senhora d’Aires (*)
Ó Senhora do Amparo (*)
Ind’agora aqui cheguei (*)
Acordai! (**)
Cantemos o novo dia (**)
Combate (**)
Jornada (**)
Canção do camponês (**)
Ó pastor que choras (**)
Mãe pobre (**)
Ronda (**)
Canto do livre (**)

(*) – canções tradicionais harmonizadas por Lopes Graça
(**) – “heróicas”, canções de Lopes Graça sobre poemas de autores portugueses, como José Gomes Ferreira, Luísa Irene, Joaquim Namorado, Carlos de Oliveira, João José Cochofel, acompanhadas ao piano por Pedro Cruz

"Uma poesia de fundo popular e de projecção colectiva só se justifica e atinge o seu verdadeiro desígnio quando utilizada por aqueles a quem se dirige."


Fernando Lopes-Graça

consulte, também, o excelente blog Cant'Auri(a)s

quarta-feira, novembro 15, 2006

Um livro sobre Fernando Lopes Graça













No dia 25 de Novembro, no espaço Som da Tinta, o Chorus Auris interpretará canções populares harmonizadas por Fernando Lopes Graça

terça-feira, novembro 14, 2006

Fernando Lopes Graça - 25 de Novembro

Há 30 anos, Fernando Lopes Graça esteve em Ourém (tanta cara conhecida e querida!, e, entre os que reconheço, só falo das que já nos deixaram: dos meus pais, do Joaquim Espada, do Andrade, do Orlando, do Joaquim Chucha!).
Depois, voltou cá, ao novo cine-teatro.
Foi, sempre, uma festa.

No dia 25 de Novembro, no espaço Som da Tinta, vai assinalar-se o centenário desta enorme referência da cultura portuguesa - e nosso vizinho e amigo - com um programa para que se pediu a colaboração do António Sousa (do Canto Firme e ex-regente do Chorus Auris) e do Chorus Auris da "nossa" Academia Banda de Ourém, que responderam positivamente.

Serão dadas mais notícias. Mas tem de ser uma iniciativa Som da Tinta que não desmereça da figura e da obra que vão ser lembradas.

domingo, novembro 12, 2006

acta do convívio para monstroário

Não vamos arranjar desculpas.
E até podiamos. Que o constantino corbain é um desgraçado que nem apareceu nem deu procuração ao Sérgio Faria para este assinar autógrafos por ele e, vai daí, não houve fotografias; que o Sérgio Faria e o André Simões são como são, todos os conhecem, não gostam de ser fotografados; que a assistência, numerosa, muito oureense e com uma presença de criançada que, além de fazer baixar assustadoramente a média etária, impediu os habituais fotógrafos de trabalharem (?!); que o convívio foi tão familiar, caloroso (houve gente que não se reconheceu porque não se via há mais de 40 anos... e cairam... nos braços uma da outra) que a emoção não se deixa fotografar; que um dos nossos habituais fotógrafos (dos bons) emprestou a máquina a outro fotógrafo (o outro bom) e este foi fotografar para outro lado, casamentos, baptizados e essas coisas; que, usando o miserável recurso do telemóvel, ainda se "bateram umas chapas", mas agora não se sabe como colocar o que lá está no telemóvel aqui no blog; etc., etc.
Nada disso. Esquecemo-nos da máquina em casa! Prontos!... não volta a acontecer (só se não calhar...). Em resultado, temos o grato prazer de anunciar que o convívio foi bom, que o espumante do Favacal foi uma agradável surpresa para alguns, que as broínhas da Lena estavam excelentes e o resto também, e que merecia mais tempo... mas hóquei oblige (OK?), e ainda que, na falta de fotografias, renovamos o grato prazer de trazer para aqui o "monstro" (frente e costas) com que o Filipe Saraiva nos privilegiou.
'Tá tudo dito. Até logo.

quarta-feira, novembro 08, 2006

A voz a outro que também tão bem trata as palavras

Acabou o sr. Mia Couto. Por uns tempos. Aqui e no anónimo.
Agora, a palavra a monsieur constatin(o) corbain (ele não gosta de maiusculas!):
Ele (o "outro" por ele) começa assim, ao som dos rolling stones:

i. a amizade é uma relação recíproca. o que significa que os amigos são amigos dos seus amigos. neste sentido, não são os monstros que são nossos amigos apenas. também nós somos amigos dos monstros. e, entre eles, do demónio.

(t'arrenego!)

Dia 11, sábado, às 15.30 um monstruoso convívio!

Saboreando as palavras que dizem coisas da vida e do mundo

«Ele nunca entenderia: os brancos temem aquilo que não plantam, suspeitam de bicho que não domesticam.» (pág. 299)

«Os pobres dormem como o ouriço: enrolados nos seus espinhos. Afastam assim os maus espíritos. Os ricos adormecem escarranchados. Não dizem "cama", dizem "leito". E o leito deles é o mundo inteiro.» (pág. 341)

segunda-feira, novembro 06, 2006

De "O outro pé da sereia"

Entre este blog e o anónimo do séc. xxi, vamos deixando algumas palavras do romance de Mia Couto em que ficámos enredados:

"Porquê, Zero Madzero, porque é que eu recordo tanto?
O marido não sabia responder. Era por isso que ela lhe perguntava: por não temer a resposta. No íntimo de si, Mwadia sabia: quem se lembra tanto de tudo é porque não espera mais nada da vida.

* * *

Quem parte treme, quem regressa teme. Tem-se medo de se ter sido vencido pelo Tempo, medo que a ausência tenha devorado as lembranças. A saudade é um morcego cego que falhou fruto e mordeu a noite.

Alteração de horário

A pedido de algumas "famílias" (embora com alguma tímida oposição de outras...), foi alterada a hora do convívio à volta dos apontamentos para monstroários.
Começará às 15.30, com as tolerâncias habituais, e irá até às 17.30... podendo ser retomada depois do jogo de hóquei do Juventude Ouriense contra o Candelária, do Pico-Açores, no pavilhão do Pinheiro.


CONVITE PARA UM CONVÍVIO

dia 11 de Novembro de 2006
(dia de S. Martinho),
às 15.30 horas,
em Ourém,
na

Não trocamos as nossas tradições (o “dia do bolinho”, o “dia de S. Martinho”…) por umas “coisas importadas” que metem abóboras e bruxas. Preferimos os nossos fantasmas e os nossos monstros.
Essa também é (será?) a opinião do sr. constantino corbain (heterónimo do “nosso” sr. Sérgio Faria), que resolveu publicar uns apontamentos para monstroários e nos honrou com a escolha do logotipo Som da Tinta por troca de um escasso apoio logístico.
Vamos, por isso, promover um convívio à roda (ou a pretexto) dessa publicação.
O objectivo é o de conviver conversando sobre este livro em particular (embora o autor pareça de poucas falas…), e tudo o resto.
Além da conversa, que se espera animada, para a acompanhar haverá:
* – castanhas e champagne

ou, em alternativa,

** – agua-pé e, na impossibilidade de oferecer caviar, talvez uns pastelinhos de bacalhau…

Estarão presentes alguns monstros dos mostruários-monstroários pessoais do autor e dos editores!

Apareçam
e tragam os vossos!

quinta-feira, novembro 02, 2006

Mostruário para monstroário - reverso

Quem vê costas não vê monstros.
Este é um livr(inh)o para que constantino corbain (um dos heterónimos de Sérgio Faria) escolheu legendas com que ilustrou canções na ABCRádio.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Mostruário para monstroário- - anverso

Uma edição som da tinta (por "simpatia" do monstroário autor, o sr. constantino corbain, aliás heterónino do sr. Sérgio Faria), de que muito nos orgulhamos.
Se não houver acidentes ou incidentes outros, daqui até 11 de Novembro só por cá monstraremos monstros e monstroários.
Os "horríveis" desenhos da capa e da contra capa (o "monstro" de costas, porque só os anjos é que não têm costas, diz-se...), são da autoria de Filipe Saraiva.

domingo, outubro 29, 2006

Dossier Tarrafal
























Ignorará parte relevante, imprescindível, da nossa História próxima quem ignorar, por induzida e criminosa omissão, o Tarrafal, o Campo da Morte Lenta onde, a 29 de Outubro de 1936, chegaram e foram "instalados" os primeiros 152 antifascistas para ali levados numa hipócrita condenação à morte.
Este livro, Dossier Tarrafal, tem a missão de não deixar esquecer, a tarefa de lembrar.

sábado, outubro 28, 2006

Para lembrar GESTOS ESQUECIDOS

Foi uma (culturalmente) animada tarde a que Fernando José Rodrigues, autor de Gestos Esquecidos, e a sua equipa nos proporcionaram no espaço Som da Tinta: Houve (e ouviu-se...) som na Som da Tinta, acompanhando o autor na leitura de trechos do seu livro:

quinta-feira, outubro 26, 2006

Gestos Esquecidos - sinopse

Portugal, anos 80. Virgílio é militante operacional das Forças Populares – 25 de Abril.
Numa das acções revolucionárias em que participa mata José Trinan, empresário do Norte, e fere gravemente uma das filhas.
João Pedro, filho de Virgílio, só aos 18 anos toma conhecimento, pela voz de um juiz, das actividades do pai.
Mais tarde, quando decide partir em busca das suas raízes, o seu caminho cruza-se com o de Dulce, filha de José Trinan. Depois de viverem dias de paixão intensa, João Pedro decide contar-lhe toda a verdade. E tudo muda a partir daí

Gestos Esquecidos é um romance que nos apresenta um retrato fiel de uma época muito peculiar do Portugal contemporâneo e nos recorda como são indefiníveis os limites desse território misterioso que é o amor.

« "Gestos esquecidos" (2006) fala de sequelas ainda não cicatrizadas no pós -25 de Abril, sob a forma de uma bela e impressionante viagem ao mundo da solidão, da esperança e da partilha» (da recensão crítica de Vitor Quelhas, no Expresso, 04.03.2006)
____________________________________________________________________________________
João Pedro – personagem principal, artista, filho de Virgílio e Luísa, ex-membros das FP25
Dulce – personagem principal, filha de Trinan, viva, que João Pedro procurará
Beatriz – actual namorada de João Pedro
Virgílio – pai de João Pedro, bombista arrependido, pai de João Pedro
Luísa – mãe de João Pedro, segue o marido nas FP25
Cândido – camarada de Virgílio no atentado
Pintas – amigo, como irmão de João Pedro, artista
José Trinan – empresário, vítima do atentado, convocado pela filha nas noites de desespero
Alice - mãe de Dulce, grávida de um filho aquando da morte de Trinan, desiludida, vive em Madrid, mais do que vagamente alcoólica
Helena – irmão de Dulce, morta, que nas noites de solidão desce à sala com Trinan e ambos escutam Dulce
Marco – filho que Trinan não chegou a conhecer, playboy rancoroso, vive entre Madrid e Lisboa
Tina – Avó, trata de João Pedro após a ida sem retorno do filho, Virgílio, e da nora para as FP25
São – velha criada que trata João Pedro
Costinhas – casal, ex-retornados, que morre no atentado

OURÉM, Som da Tinta

Sábado, 28 de Outubro, 17 horas

Apresentação Activa de
Gestos Esquecidos
romance de
Fernando José Rodrigues
(Oficina do Livro, 2006)
Apresentação e leitura: Fernando José Rodrigues
Pinturas: Sílvia Patrício
Música: Ricardo Matos (Ricky) – Guitarra eléctrica
Rui Freitas (Palmeira) – Guitarra acústica
Nuno Gomes - Percussão, Voz, Harmónica, Programação Electrónica
Anotação: Graça Laranjeiro
Gravação Vídeo: Filipa Oliveira
Decoração: Cristóvão Almeida

No dia 28, às 17 horas, no espaço Som da Tinta



apresentação, com exposição e música, de Gestos Esquecidos

segunda-feira, outubro 23, 2006

Um livro para ler...


... saboreando as palavras e a sua teia.

sexta-feira, outubro 20, 2006

No dia 28, mais uma apresentação de um livro...

... de Fernando José Rodrigues.

Com animação - exposição e música!

quarta-feira, outubro 18, 2006

Noticiando...

Ainda o nosso amigo, o nosso sócio, o "nosso" pintor Roberto Chichorro:
No dia 20, às 21.30, em Ovar, na Biblioteca Municipal, abertura de uma exposição, em que também se apresentará a Edição Som da Tinta Mestiçagens do Olhar - Chichorro.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Roberto Chichorro - Som da Tinta na Embaixada de Moçambique

Mestiçagens do olhar foi apresentado na Embaixada de Moçambique. Numa mesa presidida pelo embaixador da República de Moçambique, num dia particularmente importante para o País pois é o dia da paz, Roberto Chichorro juntou amigos e falou do livro por que Luís Carlos Patraquim é responsável pelos textos. Na mesa também estavam a Ministra da Mulher na República de Moçambique, Sérgio Ribeiro, pela Som da Tinta, e o responsável pelo DVD que acompanha o livro.As salas da embaixada, numa delas havendo uma exposição de pintores moçambicanos, estavam cheias, vendo-se caras de muitos amigos que tantas vezes se encontram na Som da Tinta - como Glória Marreiros e Henrique Cunha -, e de figuras muito conhecidas do futebol - como Hilário, e também Mário Wilson, Toni e outros.

segunda-feira, outubro 02, 2006

De/sobre Roberto Chichorro


O livro e a caixa-estojo (com serigrafia e DVD) Mestiçagens do Olhar, de Luís Carlos Patraquim e outros, depois da sessão em Ourém, no espaço Som da Tinta, será apresentado no dia 4 de Outubro, às 18 horas, na Embaixada da República de Moçambique.

domingo, outubro 01, 2006

Mensagem amiga de Montevideo











De regreso a mi país.
Ya estoy en Montevideo, han pasado algunos días desde que bajé del avión , todavía siento esa agradable e indescriptible sensación, el olor de los duraznos de Zambujal, el sabor del vino de Ourém, el ascenso al castillo, el aire serrano, el mediodía soleado, la bonita tarde de Som da Tinta, y fundamentalmente la calidez de Sérgio y Zé. Fue bueno, todo muy bueno, revitaliza sin dudas el conocer a tantos nuevos amigos, y aquella filosofía de "a los amigos de mis amigos "...
Andrés Stagnaro









Uma das razões porque mudámos de "casa" foi porque não conseguíamos "postar" esta mensagem (talvez por azelhice nossa...), e queríamos fazê-lo. Porque o nosso amigo Andrés a mandou, lá de Montevideo, e queria vê-la na "blog-casa" do Som da Tinta.
Aqui fica com um grande abraço para ele.

Nova "blog-casa"

Tivemos de mudar de "casa".
Fazemo-lo com aquela excitação em casos como este.
A adaptação vai demorar um bocado. Descobrir e inventar sítios, rotinas, cantos e recantos.
Ajudem-nos!
A "casa" anterior não foi desmobilizada. Fica para arquivo. Vão lá visitar-nos de vez em quando, por favor. Para isso aqui fica um "link".