quarta-feira, novembro 29, 2006

Salpicos de uma leitura saboreada - 2

"Não sei como o perceberão as crianças de agora, mas, naquelas épocas remotas, para as infâncias que fomos, o tempo aparecia-nos como feito de uma espécie particular de horas, todas lentas, arrastadas, intermináveis. Tiveram de passar alguns anos para que começássemos a compreender, já sem remédio, que cada uma tinha apenas sessenta minutos, e, mais tarde ainda, teríamos a certeza de que todos estes, sem excepção, acabavam ao fim de sessenta segundos..."

(página 65)

Um comentário:

Rosa dos Ventos disse...

De facto o tempo passava lentamente.
Os verões eram intermináveis - davam para estar em casa, passar um mês na praia, ir para casa dos avós maternos e brincar com os primos desse lado, ir à vindima das vinhas dos avós paternos em Setembro e ainda guardar uns dias para fazer à pressa os "deveres" da escola, tipo 30 cópias,30 páginas de palavras difíceis, 30 contas, etc.
E os invernos alongavam-se em dias sucessivos de chuva ...
Era assim!