sexta-feira, agosto 08, 2008

A Prelo Editora - 17

A colecção Biblioteca Popular foi das mais perseguidas da editora, e das que mais mudou com o 25 de Abril. Pode dizer-se que cada livro teria uma história para contar, a começar pelo primeiro da colecção que, de tão significativa (e necessariamente longa), noutros lugares tem sido contada e noutros se contará. Para resumir, chegará dizer que dos 6 primeiros volumes 3 foram imediatamente apreendidos pela repressão fascista, com todas as consequências (económicas e não só) que se podem imaginar para uma editora. Desse facto, resultaram "saídas" como as dos "cadernos", nomeadamente os cadernos PEEP.
Depois do 25 de Abril, as edições passaram a ter a intenção de transmitir (in)formação sobre o que até aí estava vedado... ou era apreendido. E também se fizeram novas edições de alguns volumes do início da colecção, alguns com actualizações. Como foi o caso deste trabalho de Blasco Hugo Fernandes, com a sua 4ª edição em 1976 (com capa de Dorindo de Carvalho) e ainda hoje de grande utilidade... e a merecer ser actualizado.

2 comentários:

Justine disse...

Outra capa bem interessante! A Prelo tinha um artista a fazer-lhe as capas...

Sérgio Ribeiro disse...

Tinha vários! António Domingues, Tomás de Figueiredo, Miguel Flávio, Manuel Augusto Araujo, Dorindo Carvalho, Topin, Pilo da Silva, Luis Filipe Oliveira José Santa Bárbara, Tóssan, Júlio Pomar. E estou, decerto, a cometer algumas injustiças por omissão.
De muitas coisas temos razão para nos orgulhar, os que quiseram que a Prelo existisse e que fosse o que foi..