sexta-feira, janeiro 05, 2007

No cavalo de pau com Sancho Pança - 2

Sobre as irmãs de Miguel Cervantes, estas breves e aquilinas pinceladas (páginas 24-25), a que muitas outras se poderiam juntar:

"(...) Presume-se que todas as manhãs, uma das casquivanas pusesse a mantilha:
- Me voy, madre...
- Onde te vas?
- Me voy.
E lá iam para voltar dedigressões de que ninguém lhes pedia contas, como mulheres livres e discretas, muito educadinhas e amáveis ao sentir dos vizinhos, sempre em regra com o cura e as variadas obrigações paroquiais. O termo discreto, que em Cervantes assume uma amplitude enciclopédica no sentido do bom entendimento das coisas e decoro pessoal, aqui tem exacta aplicação(...)"

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