segunda-feira, julho 27, 2009

O fantasma sai de cena? ... isto acaba é mal! - 7

Morrer? Estou-me nas tintas... envelhecer é que é uma chatice! Esta era a forma (traduzida livremente) que Brel encontrou para dizer o que sentia, o que sentimos quando a idade avança.
A vida? Ah, é uma coisa muito, muito boa... acaba é mal, dizia (mais ou menos assim) o Manel da Fonseca com o seu modo alentejano de seroar.
E o Philip Roth escreveu este Exit - o fantasma sai de cena para dizer o mesmo, ou parecido, como se fossem outros a dizê-lo lá pelo meio das páginas.
Veja-se só uma dessas páginas, a 258:

«De forma humorística e invulgar - era assim que Georges e os seus amigos se imaginavam a morrer no tempo em que ainda não acreditavam que isso lhes iria acontecer, no tempo em que morrer aera apenas mais uma ideia com que se podia brincar. "Ah, e há também a morte!". Mas a morte de Georges Plimpton não foi humorística nem invulgar. E também não foi nenhuma fantasia. Não morreu envergando o equipamento às riscas no Yankee Stadium mas sim em pijama durante o sono. Morreu como todos nós morremos: como um perfeito amador.»
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Morremos todos como uns perfeitos amadores?! Genial, sr. Philip Roth..

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