Foi no final de 1965, ou início de 1966 ?, que entrei - com o Fráguas Lucas - para a Prelo. Já vinha colaborando com o Viriato Camilo (desde Caxias), como podia e sabia, e entre as "ajudas" tão necessárias não foi das menores ter sido intermediário para o Fráguas Lucas. Mas quando se decidiu formalizar o "apoio" com a entrada para a sociedade por quotas não foi tudo fácil - alguma coisa o é na vida?...- e houve certas reticências. Assim, as primeiras edições da "nova sociedade" tiveram um logotipo diferente.
Mas tenho a enorme satisfação de que uma delas tenha sido a do livro que assinalava os 60 anos de Fernando Lopes Graça. Com um cuidado tratamento gráfico de Pilo da Silva (o Viriato esmerou-se nesta para ele tão significativa edição...) e é um livro (dos muitos) que manuseio com especial carinho.
O que acho, hoje!, estranho é que, em Dezembro de 1966, o Graça tivesse 60 anos (eu tinha 30!), e essa idade fosse considerada "provecta" e merecedora de comemoração! Mas ainda bem que sim, que se fez o livro e que ele viveu muito mais anos, décadas!, até quase aos 90.
Pena é que este livro, com "notas preambulares de João de Freitas Branco Branco e de João Gaspar Simões nunca seja referido - mais um... dos tantos da esquecida Prelo.
2 comentários:
Tenho seguido esta tua arrumação da memória da Prelo Editora, recordando tantos nomes, importantes da nossa cultura, e que ainda hoje são forças vivas, através do espólio que nos legaram.
Não queria estar na tua pele,a reviver, todo este passado, carregado de emoções, umas boas,outras nem tanto, mas ambas marcantes, de uma época em que as opções justas e democráticas, saiam muito caras a quem ousa-se divulgá-las ou exercê-las.
Obrigado camarada Sérgio por este teu trabalho, que penso irá continuar, não irei comentar um por um mas,estarei atento à tua narração.
Abraço
É tão bom saber que este "trabalho" está a ser acompanhado. Nele me vou (quase) surpreendendo pelo que recordo, pelo que descubro.
Abraço
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