A partir da Biblioteca de Economia, e das suas características iniciais, criou-se um embrião de colaboradores que possibilitaram a tentativa de... fazer uma revista. Que não seria uma revista porque, se fosse, teria de ir à censura prévia e, como livro-caderno, mesmo que saísse com regularidade, "apenas" seria apreendido. E até se poderiam arranjar assinantes para quem enviar os cadernos,
Foi a "aventura" dos cadernos PEEP (Política Económica/Economia Política). O 1º saíu em Janeiro de 1970, o 2º em Março e o 3º em Junho. E cada caderno tinha um tema-título. Como se estava na passagem Salazar-Caetano, foram:
- 1. fim de década começo de quê?
- 2. começo de quê viragem para onde?
- 3. viragem para onde ao serviço de quem?
Foram apreendidos!
O 4º. que saíu em Julho, era dedicado à educação (na perspectiva da economia e do desensenvolvimento). Apreendido foi.
Mas... além de outras peripécias, a Prelo foi intimada a enviar à censura précia os cadernos a partir de nº 5... pois tratava-se de publicação periódica!
Com grande esforço, tendo de fazer material que compensasse os "generosos" cortes da censura, ainda se publicaram:
- 5. sobre a crescente intervenção do Estado (Novembro de 70)
- 6. as sociedades multinacionais contra o Estado (Março de 71)
- 7. Plano (Junho de 71)
- 8. Função social da maternidade. Moeda europeia (Julho de 71)
- 9. Duração do trabalho (Novembro de 71)
- 10. A (nova) política industrial. Alta de preços e custo de viver (Dezembro de 71/Janeiro de 72)
- 11. Segurança europeia (Abril de 72)
- 12. A imprensa em questão (Setembro de 72)
- 13. As férias dos emigrantes. O aumento das rendas de casa (Dezembro de 72)
- 14/15. O trabalho e a mais-valia (Fevereiro de 74, este número já proíbido por a Prelo não dispor de... alvará para publicações periódicas).
Sempre com capas e paginação do Manuel Augusto Araújo, é justo que se sublinhe.
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visado pela Comissão de Censura
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