A colecção Biblioteca Popular foi das mais perseguidas da editora, e das que mais mudou com o 25 de Abril. Pode dizer-se que cada livro teria uma história para contar, a começar pelo primeiro da colecção que, de tão significativa (e necessariamente longa), noutros lugares tem sido contada e noutros se contará. Para resumir, chegará dizer que dos 6 primeiros volumes 3 foram imediatamente apreendidos pela repressão fascista, com todas as consequências (económicas e não só) que se podem imaginar para uma editora. Desse facto, resultaram "saídas" como as dos "cadernos", nomeadamente os cadernos PEEP.
Depois do 25 de Abril, as edições passaram a ter a intenção de transmitir (in)formação sobre o que até aí estava vedado... ou era apreendido. E também se fizeram novas edições de alguns volumes do início da colecção, alguns com actualizações. Como foi o caso deste trabalho de Blasco Hugo Fernandes, com a sua 4ª edição em 1976 (com capa de Dorindo de Carvalho) e ainda hoje de grande utilidade... e a merecer ser actualizado.
2 comentários:
Outra capa bem interessante! A Prelo tinha um artista a fazer-lhe as capas...
Tinha vários! António Domingues, Tomás de Figueiredo, Miguel Flávio, Manuel Augusto Araujo, Dorindo Carvalho, Topin, Pilo da Silva, Luis Filipe Oliveira José Santa Bárbara, Tóssan, Júlio Pomar. E estou, decerto, a cometer algumas injustiças por omissão.
De muitas coisas temos razão para nos orgulhar, os que quiseram que a Prelo existisse e que fosse o que foi..
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