Este é o título genérico, retirado de “coisa ouvida”, de uma série de 6 “mensagens” (e do que for que daqui venha a sair) mas poderia ter o título de Carlos Darwin, Álvaro Cunhal na Cadeia Penitenciária, a Questão Agrária em Portugal e mais umas tantas coisas ou, ainda, o de atribulações de um homem de cultura geral, dispersa e difusa.
Andava o pobre homem de cultura geral – dispersa e difusa –, saltitando sobre o que via, ouvia e lia chamar-se “a efeméride do dia”, o bicentenário de Carlos Darwin, nascido a 13 de Fevereiro, e até algo intrigado com tanto relevo, quando tropeçou numa mensagem no blog ocastendo, do António Vilarigues, que transcrevia um texto de Álvaro Cunhal, de Contribuição para o Estudo da Questão Agrária. Leu-o, quase diria avidamente, e foi o começo de um desassossego.
Foi à estante buscar o que considera uma das suas preciosidades bibliográficas, uma edição da Civilização Brasileira, de 1968, de Álvaro Cunhal, A Questão Agrária em Portugal, folheou o livro com o cuidado e enlevo com que se mexe no que é precioso e nos acompanhou por dentro da nossa vida, releu uns pequenos trechos alertando-o para a utilidade/necessidade de uma releitura, encontrou vários nomes citados e com transcrições (como o de Gil Vicente) mas não viu referência explícita a Darwin, embora a abordagem fosse a mesma que está em Contribuição…, das edições avante!, de 1976.
Por aí poderia ter ficado. Satisfeito… ou saboreando. Mas não. Resolveu ir à recente edição das Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal, que anda a ler saltitantemente nos intervalos de muita coisa que vai fazendo, e no tomo II (1947-1964) encontrou, entre as páginas 135 e 142, o que não resiste a transcrever.
Porquê? Pelo que são intrinsecamente, e também por poderem contribuir para explicar porquê Darwin pode ser uma, ou uma das diversões oportunas e necessárias para que se fale muito de outros nomes e coisas para que não se fale tanto de Marx, e de como o que este escreveu, com Engels e que, depois, Lenine continuou, nos ajuda a perceber o que se está a passar neste momento da crise do capitalismo, a ganhar consciência e a ganhar força para as rupturas necessárias e urgentes.
Mas não só pelo que são, como textos que, em si mesmos, nos informam sobre Darwin e ajudam a perceber tanto relevo dado à efeméride – cujo é inteiramente justo –, como também pelo que são como textos reveladores das condições em que Álvaro Cunhal esteve preso e com que grandeza moral, cívica, humana, reagiu a essas condições.
Com esses dois textos, o homem de cultura geral – dispersa e difusa – fará as outras “mensagens” neste seu blog.
Andava o pobre homem de cultura geral – dispersa e difusa –, saltitando sobre o que via, ouvia e lia chamar-se “a efeméride do dia”, o bicentenário de Carlos Darwin, nascido a 13 de Fevereiro, e até algo intrigado com tanto relevo, quando tropeçou numa mensagem no blog ocastendo, do António Vilarigues, que transcrevia um texto de Álvaro Cunhal, de Contribuição para o Estudo da Questão Agrária. Leu-o, quase diria avidamente, e foi o começo de um desassossego.
Foi à estante buscar o que considera uma das suas preciosidades bibliográficas, uma edição da Civilização Brasileira, de 1968, de Álvaro Cunhal, A Questão Agrária em Portugal, folheou o livro com o cuidado e enlevo com que se mexe no que é precioso e nos acompanhou por dentro da nossa vida, releu uns pequenos trechos alertando-o para a utilidade/necessidade de uma releitura, encontrou vários nomes citados e com transcrições (como o de Gil Vicente) mas não viu referência explícita a Darwin, embora a abordagem fosse a mesma que está em Contribuição…, das edições avante!, de 1976.
Por aí poderia ter ficado. Satisfeito… ou saboreando. Mas não. Resolveu ir à recente edição das Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal, que anda a ler saltitantemente nos intervalos de muita coisa que vai fazendo, e no tomo II (1947-1964) encontrou, entre as páginas 135 e 142, o que não resiste a transcrever.
Porquê? Pelo que são intrinsecamente, e também por poderem contribuir para explicar porquê Darwin pode ser uma, ou uma das diversões oportunas e necessárias para que se fale muito de outros nomes e coisas para que não se fale tanto de Marx, e de como o que este escreveu, com Engels e que, depois, Lenine continuou, nos ajuda a perceber o que se está a passar neste momento da crise do capitalismo, a ganhar consciência e a ganhar força para as rupturas necessárias e urgentes.
Mas não só pelo que são, como textos que, em si mesmos, nos informam sobre Darwin e ajudam a perceber tanto relevo dado à efeméride – cujo é inteiramente justo –, como também pelo que são como textos reveladores das condições em que Álvaro Cunhal esteve preso e com que grandeza moral, cívica, humana, reagiu a essas condições.
Com esses dois textos, o homem de cultura geral – dispersa e difusa – fará as outras “mensagens” neste seu blog.
3 comentários:
Numa edição Avante! de Kelle e kolvalzón - Teoria e História, leio:
"Foi precisamente a descoberta de que, ao produzir os meios necessários à vida material, os homens, sem sequer terem consciência disso, produzem e reproduzem as relações sociais como uma forma social do seu processo de vida material, que permitiu passar da materialidade da Natureza à materialidade social e serviu como uma espécie de ponto teórico para passar da actividade dos homens (...)para a interpretação do processo histórico como um processo objectivo, material e regido por leis regulares....
Darwin, a subtileza intelectual dum não assunto (no campo do Materialismo Histórico e no quadro político e económico actual).
Isto seria uma espécie de comentário ao texto publicado n'o castendo. Enquanto Darwin usa o pensamento biológico para descrever um fio condutor da vida em geral, Marx explica a" força que eleva o homem acima da natureza; essa actividade decorre num quadro de relações que exprimem e personificam o seu carácter social e que consolidam a segregação do homem da natureza, como um ser social." Kelle e kolvalzón - Teoria e História
Um grande abraço.
Mais um caminho de estudo, investigação, procura. E que me parece bem interessante!
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