O capítulo XII é o da denúncia da contrafacção. Em que Aquilino se irrita com "quem, vivo Cervantes, compôs e publicou aquela segunda parte do Engenhoso Fidalgo que saiu em Tarragona sob o pseudónimo do licenciado Alonso Fernandez de Avellaneda, natural da vila de Tordesillas?". E o zurze. Não vou deter-me nele. Não porque não tenha coisas interessantíssimas mas pelas razões já tantas vezes ditas de que não estou a fazer uma cópia. Deixo, apenas, o sumário de tal capítulo.
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XII
O D. Quixote de la Mancha de Avellaneda. Quem seria o falsário?
Exame sucinto do desaforo.
Condene-se pelo mau gosto; a deformação dos caracteres; a truculência beduína; a falta de curialidade; a indelicadeza nata e agressiva; o escatológico; o pitoresco forjado a martelo; o atraiçoamento da natureza e a incompreensão da vida.
D. Quixote desquixotou-se e Sancho Pança é mais torpe que o bobo da Cória.
Pela esteira de outro é fácil rumar.
Avellaneda permanece catraieiro. A sombra caluniada de Quevedo.
Como se pode confundir a fina prata com o barro mal cozido?
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Assim, damos uma larga passada. Para não dizer um razoável salto. Mas é preciso. O caminho vai longo.
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