O tempo estã difícil, as solicitações são muitas, Mas queremos levar a jornada até ao fim. Não com sacrifício, com a alegria de cumprir um objectivo e o prazer de ler e reler e dar a ler um livro que bem o merece. e tão esquecido...
Pois vamos até à página 325, onde vamos encontrar o bom (será?) do Sancho:
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Sancho não será pois bom, nem mau, apenas o homem no seu posto. O que são os camponeses, obrigados à força de ardis a defender-se do rico que os explora, do poderoso que lhes bate, do Estado que os carda, ora carneiros, lobos, milhafres sabe-o quem lida com eles. Tudo afinal é a vida, a condicionação do homem, género Sancho, dentro do restante mundo, mas não a bondade intrínseca que Unamuno supôs no escudeiro manchego. Bondade, entanto que postiço, é a de S. Martinho, que repartia a capa com o pedinte; a de Lutero, que, para não quebrar o sono do bichano adormecido, uma vez cortou à tesoura a parte da garnacha em que ele se aninhava; a de S. João de Deus, que pegava nos enfermos às costas e os conduzia ao hospital; a do pobre dos caminhos que reparte o pão com outro mais faminto; em suma, é uma virtude de santos e porventura de tolos. O nosso semelhante, ingrato, pretencioso e troca-tintas, merece tais sacrifícios?
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Estamos nas páginas finais. Esta imagem do camponês, escusado seria dizê-lo, é a de um tempo em que a agricultura, por aqui, era uma actividade produtiva, e em que não havia televisão e outras formas de aproximar os mundos sem que os mundos tenham deixado de ser vários e díspares.
E esperamos não demorar muito tempo a aqui regressar. Mas alguém, além deste encantado escriba/ copista daria pela falta? Daria ele por não cumprir um propósito e já muito seria.
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