Por outras andanças tenho corrido sem de aqui, destas cercanias, sair. E à minha espera - como gostaria de ter razões para dizer... da nossa - estava este pedacinho de prosa que, pelas suas analogias e heresias, parece que Mestre Aquilino o escreu para hoje:
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Nos discursos, D. Quixote é um sofrível deputado socialista conservador, se este amálgama político não é heresia. As suas proposições, que nem sempre são paradoxais, por vezes roçam pela trivialidade. Mas anima-as um propósito de igualização social, não só pelo que lhe vem da prática do mundo como pelo que corresponde ao seu etos de fundo humanitário. O discurso sobre as armas e letras lembra uma destas tiradas de academia em que os sócios, sonolentos, vetustos e conspícuos, acenam com a cabeça aprovativamente e ao fim dão palmas. Tais D. Fernando, o gabiru armoriado, Cardénio, o licantropo, o Cativo, etc.
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Para não ultrapassar a medida que, a juizo do copista, deve ter um "post", vou ali e já venho, logo retomando a arenga.
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