A ideia de escrever este livro surgiu-me quando, há cerca de dois anos, uma senhora se dirigiu à sede do PCP, em Lisboa, procurando saber notícias de um rapaz que conhecera e pelo qual se apaixonara, em 1936, e que, a dada altura, desapareceu misteriosa e definitivamente. No decorrer das buscas a que, durante muito tempo, procedeu, a senhora chegara à conlusão de que o seu apaixonado de então perfilhava ideias comunistas. Daí a procurá-lo onde, presumivelmente, lhe poderiam dar, e deram, notícias: o desaparecimento do jovem - na realidade, militante comunista - decorrera do facto de ter sido preso e deportado para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde viria a ser assassinado.
Obviamente que nem a referida senhora é a personagem Teresa, nem o rapaz por ela procurado é o Simão deste romance. Assim, e porque em ficção (quase) tudo é possível, a personagem Simão será o trigésimo terceiro resistente assassinado pelo fascismo no Campo da Morte Lenta.
Tratando-se de uma obra de ficção, quer os personagens quer a trama desta história são fruto da imaginação do autor.
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(*) - do autor
(*) - do autor
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O tempo das giestas será apresentado, por Pedro Namora, no dia 2 de Junho, no espaço Som da Tinta
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