quinta-feira, abril 17, 2008

Morreu o autor de "Discurso sobre o colonialismo"

Morreu Aimé Césaire, fundador do Movimento Negritude (a que se associa, também, o nome de L. Senghor) e autor do "Discurso sobre o colonialismo" de grande importância na luta (ideológica) contra o racismo e o colonialismo (1ª edição em Paris, de 1956, edicão portuguesa - entre outras - de 1971, nos Cadernos para o diálogo, Porto).



Recentemente, no avante!, Odete Santos, num artigo sobre Igualdade, paridade, quotas, começava por uma transcrição de uma intervenção deste poeta e político da Martinica, neste dia da sua morte, aos 94 anos, que deixamos como uma modesta homenagem (e agradecimento!):



"Há palavras de uma tal densidade que não suportam ser menorizadas pela vizinhança de um epíteto qualquer. A palavra igualdade é uma delas. Não há igualdade adaptada, não há igualdade global. A igualdade ou existe ou não existe."
(Excerto de uma intervenção de Aimé Césaire, deputado do Partido Comunista Francês, produzida em 1982 na Assembleia Nacional Francesa a propósito do Estatuto dos Departamentos Ultramarinos).

5 comentários:

Anônimo disse...

Boa homenagem. E que o "Som da Tinta" continue activo. Tem um papel importante a desempenhar na blogosfera, e o autor tem para dizer coisas que têm que ser ditas - e que são ditas com mestria e eloquência.

Sérgio Ribeiro disse...

Obrigado pelo estímulo. Tão necessário... neste cantinho!

Anônimo disse...

Amigo :)!

assim, por acaso, "caí" no "Som da Tinta".não conhecia ( sou novata nestas andanças... :)...).passeei nele e fiquei, assim como quando paro em frente ao "meu" mar e me deixo levar por ele. aqui,por estas elequentes e belas palavras.
obrigada!
continua!
beijocasssss
vovó Maria

Anônimo disse...

aqui estou novamente...
no cometário que deixei acima, cometi uns errozitos( de escrita). desculpa! esta dislexia que sempre me acompanhou, tende a aumentar com a velhice :)!...
beijocassssss
vovó Maria

samuel disse...

Vi no outro dia um programa de televisão francês que misturava uma espécie de documentário sobre a vida de Aimé Césaire com as reacções dos seus conterrâneos ilhéus da Martinica. O que mais me encantou, para além de ser evidente o amor que lhe dedicavam, foi a sensação de que quase toda a gente se sentia membro da família do poeta/político/amigo.
É um "estatuto" invjável, conseguido com muito trabalho, ao longo de uma vida inteira e que não se compra...