Acabei, neste sábado, de ler A PASSAGEM - uma biografia de Soeiro Pereira Gomes, de Manuela Câncio Reis. Deixou-me uma fortíssima impressão.
Como diz Isabel Câncio Reis Nunes (sobrinha da autora), ao introduzir o livro, "Esta é uma história de amor. A história de amor de um homem e de uma mulher, a história de amor de um homem pela terra e pelo Homem", e ao fechá-lo com uma frase de que só quem termina a leitura do livro apreende todo o significado: "Não esqueçamos jamais todos os filhos e filhas das mulheres que nunca foram meninas!".
É uma biografia diferente, humaníssima, em que a ternura, a compreensão do outro e o respeito por si próprio(a) estão em todas as páginas que a autora escreve, servindo-se, por vezes, de depoimentos muito bem integrados no texto, até porque esses depoimentos tão esclarecedores de quem foi e como viveu Soeiro Pereira Gomes servem para distender um pouco, talvez para aliviar alguma excessiva tensão, talvez para enxugar uma lágrima, e muito bem nos localizam entre os meados dos anos 30 (o Tarrafal, a Guerra Civil em Espanha, a luta) e já a segunda metade dos anos 40 (o final da guerra, as esperanças frustradas, a luta), quando Soeiro Pereira Gomes voltou da clandestinidade para morrer.
S.R.
Um comentário:
Com todo o respeito por Soeiro Pereira Gomes, pela Manuela Câncio e pelos leitores deste post, não posso deixar de felicitar hoje, dia 18 de Abril, a Som da Tinta pelos seus 7 (?) aninhos. Parabéns aos seus mentores, aos seus dinamizadores e especialmente a quem tem trabalhado tanto pela concretização deste projecto.
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